sábado, 22 de agosto de 2015

O verdadeiro Deus

Saiba quem é o verdadeiro Deus. Ainda que minhas palavras se esfarelem, que meu nome desapareça, que nossa civilização seja esquecida no espaço e no tempo, ele permanecerá.

Ele não se esconde num mundo invisível, pois nós é que não conseguimos ver. Suas palavras não são codificadas, pois nós é que não escutamos. Suas ações não são misteriosas, nós é que não entendemos.

A busca do transcendental pelos padrões humanos frusta religiosos e céticos. Os primeiros por suas crenças e, os segundos por não conceberem o transcendental.

Deus habita o transcendental de tal forma que a religião se conecta a ele de uma forma transcendental. Já a ciência não encontra Deus, pois aos padrões humanos, não se pode compreender o que não se pode observar, ou seja, o transcendental. Até o momento que o transcendental for realidade para nós.

Marcelo Gil da Silva

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Manifestemos

Manifestemos, em nosso desejo de consertar as coisas, mas manifestemos nós, os honestos, mas não somente os honestos, porém encontremos as características de quem realmente seja isento. Assim, procuremos dentre nós:


  • Os altruístas, não teóricos, mas do tipo dos que tirariam seu casaco para dar a quem sente frio;
  • Aqueles que muito tem, mas não se importam em doar ao que não tem, ou mesmo os que poderiam ter uma vida mais confortável, mas utilizam de seus recursos para ajudar aqueles que necessitam de ajuda;
  • Os respeitadores, não importando a situação, que mesmo ao estacionar um carro, estacionam em local distante ou dão várias voltas até encontrar uma vaga, para não ocupar, mesmo que por instantes, uma vaga reservada;
  • Os que ao encontrarem algo que não lhe pertencem, se preocupem em encontrar o dono, mesmo que seja dinheiro e, mesmo que seja muito e, mesmo estando com dívidas, procurar o verdadeiro dono sem esperar reconhecimento;
  • Os que pouco tem, mas dividem esse pouco com o que nada tem;
  • Aqueles que nada tem, mas se um dia algo tiverem, dividiriam com um estranho, no simples intuito de acreditar na bondade;
  • Os que não fazem uma caminhada ou palavras de ordem "compradas", mas originalmente possuem ideias para melhorar a vida de todos, especialmente dos mais pobres;
  • Os que não esperam soluções fáceis, mas colocam o bem de muitos acima do bem pessoal;
  • Aqueles que não se venderiam por benefícios ou qualquer soma em dinheiro, ou seja, aqueles que não podem ser corrompidos, não importando o valor, pois não se dobrariam a nenhum interesse mesquinho.
Reunindo todos estes, então manifestemos a nossa vontade legítima de mudar o mundo para o nosso. Manifestemos.

Marcelo Gil da Silva

sábado, 11 de julho de 2015

Faça seus produtos de limpeza biodegradáveis

No intuito de assumir a responsabilidade na utilização de recursos da Terra, como seu esgotamento, além de garantir a saúde humana e uma releitura do sistema de consumo, na qual tem se manifestado uma lógica de enriquecimento de poucos e, pobreza e opressão de muitos, nossa família desenvolveu algumas receitas para produtos de limpeza BIODEGRADÁVEIS, MAIS BARATOS e MAIS SAUDÁVEIS:

SABÃO LÍQUIDO PARA ROUPAS
(economia de 80% em relação aos produtos industrializados)

O que irá precisar:
  • 2 sabões de coco em barra;
  • 3 litros de água;
  • Bicarbonato de sódio;
  • 1 ralador;
  • 1 panela grande;
  • 3 colheres de sopa;
  • Essência.

Modo de preparo:
  • Rale ou pique de 2 sabões de coco;
  • Esquente 1 litro de água na panela;
  • Dissolva as raspas do sabão de coco na panela;
  • Adicione 3 colheres de sopa de bicarbonato de sódio;
  • Deixe descansar por 1 hora;
  • Coe a solução (para tirar pedaços do sabão não dissolvido);
  • Acrescente 1 litro de água morna;
  • Adicione 3 colheres de sopa de glicerina;
  • Adicione 1 colher de sopa de essência;
  • Acrescente 1 litro de água fria.

AMACIANTE DE ROUPAS
(economia de 90% em relação aos produtos industrializados)

O que irá precisar:
  • 5 litros de água;
  • 4 colheres de glicerina;
  • 1 sabonete ralado;
  • 2 colheres de sopa de leite de rosas.

Modo de preparo:
  • Ferva 1 litro de água com o sabonete ralado até se dissolver;
  • Acrescente mais 4 litros de água fria;
  • Adicione 4 colheres de glicerina;
  • Adicione 2 colheres de leite de rosas.

DETERGENTE PARA LOUÇA
(economia de 70% em relação aos produtos industrializados)

O que irá precisar:
  • 1 sabão de coco neutro;
  • 2 limões;
  • 4 colheres de sopa de amoníaco;
  • 1 colher de sopa de essência.

Modo de preparo:
  • Rale ou pique 1 sabão de coco;
  • Esquente 1 litro de água na panela;
  • Dissolva as raspas do sabão de coco na panela;
  • Esprema os 2 limões e acrescente seu suco;
  • Adicione 4 colheres de sopa de amoníaco;
  • Adicione 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio;
  • Adicione 1 colher de sopa de essência;
  • Acrescente mais 3 litros de água fria.

DESIFENTANTE
(economia de 60% em relação aos produtos industrializados)

O que irá precisar:
  • 2 xícaras de chá de vinagre branco de álcool;
  • 2 litros de água;
  • 1 colher de bicarbonato de sódio;
  • 3 colheres de sopa de essência.

Modo de preparo:
  • Misture tudo calmamente num recipiente.

DETERGENTE MULTIUSO
(economia de 70% em relação aos produtos industrializados)

O que irá precisar:
  • 1 litro de água morna;
  • 2 xícaras de chá de vinagre;
  • 1 colher de sopa de amoníaco (amônia líquida);
  • 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio;
  • 1 colher de sopa de ácido bórico;
  • 1 colher de sopa de essência.

Modo de preparo:
  • Prepare 1 litro de água morna (aproximadamente de 45º c);
  • Adicione 2 xícaras de chá de vinagre;
  • Adicione 1 colher de sopa de amoníaco (amônia líquida);
  • Adicione 1 colher de sopa de bicarbonato de sódio;
  • Adicione 1 colher de sopa de ácido bórico;
  • Adicione 1 colher de sopa de essência.

AROMATIZADOR DE AMBIENTE
(economia de 90% em relação aos produtos industrializados)

O que irá precisar:
  • 20 ml de álcool de cereais;
  • 350 ml de água filtrada;
  • 10 ml de essência;
  • Embalagem de vidro;
  • Embalagem plástica com borrifador.

Modo de preparo:
  • Misture tudo;
  • Coloque numa embalagem de vidro por 10 dias enrolada num jornal;
  • Transfira para a Embalagem plástica com borrifador.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

O "culto vazio" x espiritualidade autêntica

Sempre se faz necessário lembrar o que realmente agrada a Deus, pois a fé se inicia, muitas vezes genuinamente, mas com o tempo vai se institucionalizando e formando um sistema tradicional, atrelado também à cultura e história do povo que a pratica, a tal ponto de termos uma religião rígida, na qual não corresponde a verdadeira espiritualidade.

Zacarias, como os demais profetas, ensinavam que a verdadeira espiritualidade é praticar a justiça social, alertando que não agrada a Deus o “culto vazio”, ou seja, apenas seguir os ritos de forma tradicional e práticas tidas como espirituais, a exemplo do jejum e, continuar a ferir o próximo, seja pela opressão direta, seja pela inação.

Assim, o profeta Zacarias atentou para o fato que o culto, as ofertas, sacrifícios, rituais tradicionais, como o próprio jejum, não são suficientes, pois fica implícito que todas essas coisas são artificiais, que o ser humano pode fazer por fazer. Porém a prática da religião se torna uma espiritualidade autêntica quando se toma atitudes em favor da promoção da justiça social.


REFERÊNCIAS

BÍBLIA, A. T. Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

MATOS, Givaldo Mauro. ESTUDOS NO AT: Os Profetas. Dourados: UNIGRAN, 2014. 102p.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Meio ambiente e justiça social na ótica do Papa Francisco

Nada mais natural na atualidade do que a discussão a respeito do meio ambiente e, é claro, a continuidade do discurso "justiça social", tema que repercute desde a Antiguidade, em tempos na qual a sociedade israelita se transfere de uma vida semi-nômade a de assentado, tendo assim a necessidade de toda uma formação legal para garantir os direitos das famílias, como suas dignidades.

Vale citar a respeito do Santo Padre, Francisco, o Papa da Igreja Católica Apostólica Romana, cujo nome de nascença é Mario Jorge Bergoglio, mas adotando o nome Francisco, que significa "livre", em homenagem a Francisco de Assis, por sua vez também tinha outro nome de nascença, Giovanni di Pietro di Bernardoni.

Francisco, o dos dias atuais, fez uma Carta Encíclica, a Laudati Si', cuja tradução do latim "Louvado Seja", remete à interpretação do ser humano estar conectado à Natureza, tendo em vista ter sido feito a partir dela, como menciona o autor, referindo-se ao livro bíblico de Gênesis.

A carta aponta sobre a responsabilidade dessa geração em colocar na pauta política e econômica o compromisso de defesa ambiental, assim como a justiça social, tendo em vista que muitos recursos e, de forma exagerada, como aponta Francisco, são utilizados de forma indiscriminada por uma pequena parcela da humanidade, a ponto de deixar grande parte dessa humanidade sem os recursos necessários à sua sobrevivência.

Francisco aponta que muitos dos danos ambientais se deram pela excessiva industrialização e grande utilização dos recursos do planeta, por parte dos países ricos, por sua vez, são ricos através desses danos, em detrimento de nações mais pobres e, para se acertar as questões ambientais, a proposta dessas nações mais ricas e grandes responsáveis pelos danos é repartir a conta com toda a humanidade, pesando mais, obviamente aos mais pobres.

Esse discurso, pautado na razão, estabelecendo a importância da família humana é comentado em algumas nações, como nos Estados Unidos, por ultraconservadores neoliberais, de forma negativa, acreditando ser um discurso comunista ao estilo "cortina de ferro", mas a Laudati Si' é mais profunda e direta, simplesmente apontando a necessidade de mudança na relação humana dentro da humanidade, como com o meio em que vive.

Em geral, há uma abordagem de diminuição do consumo, tendo em vista todos terem responsabilidade, uma vez que o consumidor controla o processo industrial, por sua vez, a utilização dos recursos naturais.


Referência:

Francisco. LAUDATO SI'. Libreria Editrice Vaticana. Vaticano: Santa Sé, 2015, 88p. Disponível em:[http://w2.vatican.va/…/papa-francesco_20150524_enciclica-la…]. Acesso em: 28 Jun 2015).

domingo, 5 de julho de 2015

A possibilidade de restauração num sistema de opressão

Os profetas descritos no Antigo Testamento da Bíblia sempre denunciaram a opressão que atingia o povo, dentro de sua própria sociedade, como a ruína e submissão às nações estrangeiras. Encontramos, por exemplo no livro de Jonas uma mensagem central, que em resumo: misericórdia, perdão, arrependimento e restauração. O livro dá uma atenção aos opressores, ou seja, os promotores da injustiça, de forma a compreendermos o poder e a sabedoria de Deus, sabendo-se que ele não é um Deus que deseja o mal ou que o promove, mas que esse mal é consequência das próprias ações humanas, tendo em vista os acontecimentos da destruição de Israel e Judá, os exílios e os cativeiros, assim toda nação que seguir o mesmo caminho de prosperar através da injustiça, com as práticas da opressão aos mais fracos e tudo mais, terá destino semelhante.

Vemos que a aplicação nos dias de hoje é que a mensagem de esperança e o perdão de Deus se estendem para todo o ser humano, mesmo que seja ao opressor. Como humanos, deixamos sentimentos de ódio e mágoas tomarem conta de nossos corações, porém, se verdadeiramente estivermos comprometidos com Deus, teremos a verdadeira espiritualidade e, ainda que num primeiro momento não entendamos, podemos deixar que o Espirito de Deus aja e nos faça frutificar, que nada mais é que colocar em prática o projeto de Deus à humanidade, que é amar a Deus e o próximo como a si mesmo.

Também é importante levar em conta, que muitas pessoas participam de uma situação em que estão inseridas do lado opressor sem se darem conta, o que nos remete a compreender que o sistema, ou seja, o mal é o verdadeiro inimigo da humanidade, sendo que a consequência de insistir com a prática de injustiças e, por sua vez se distanciar dos planos divinos, não adiantando ter uma vida aparente de devoção a esse Deus, será a ruína, porém, se deixar de praticar o mal, a injustiça e, convertendo-se assim desse caminho de opressão e tristeza, terá o perdão do próprio Deus e haverá a felicidade.


REFERÊNCIAS

BÍBLIA, A. T. Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

MATOS, Givaldo Mauro. ESTUDOS NO AT: Os Profetas. Dourados: UNIGRAN, 2014. 102p.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

A verdade sobre Sodoma e Gomorra

Sodoma e Gomorra foram duas cidades destruídas conforme a narrativa bíblica em Gênesis 18, cuja destruição foi tema de discussão entre profetas, como Isaías, Ezequiel e Jeremias. Seus pensamentos não são compatíveis com o entendimento popular nos dias atuais.

Os profetas apontam as causas da ruína de Sodoma e Gomorra relacionadas à injustiça social e traçam um paralelo com as práticas em Israel e Judá, embora eventos separados por séculos e, mesmo que não havia ainda sido estabelecida a Aliança do Sinai, havia já uma aliança com Abraão e, tais cidades existiram próximas de onde ele vivia, com sua vida nômade ou seminômade, por ser um pastor. Abraão foi escolhido por Deus para ser o interlocutor do projeto de Deus na Terra, buscando ensinar aqueles que estavam sob a sua proteção.

Havia um clamor das cidades, que poderia ser já de uma situação de desigualdade social, do descuidado com os órfãos e as viúvas, como variadas formas de opressão, num sistema de acúmulo de riquezas e exploração do trabalho dos mais pobres. Porém Deus colocou sua atenção nessas cidades para verificar se o clamor condizia com a prática da justiça, pois ele saberia a verdade, conforme Gênesis 18:20: "Disse mais o Senhor: Porquanto o clamor de Sodoma e Gomorra se tem multiplicado, e porquanto o seu pecado se tem agravado muito".

Temos também que a destruição das cidades aconteceria sem a presença dos justos, pois estes seriam poupados, como vemos em Gênesis 18:25.28 e 19:15.

Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? Então disse o Senhor: Se eu em Sodoma achar cinquenta justos dentro da cidade, pouparei a todo o lugar por amor deles. E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza. Se porventura de cinquenta justos faltarem cinco, destruirás por aqueles cinco toda a cidade? E disse: Não a destruirei, se eu achar ali quarenta e cinco. (...) E ao amanhecer os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade. (Gênesis 18:25-28 e 19:15)

Os profetas nesse paralelo denunciam que as práticas em seus países se assemelhavam às práticas de Sodoma e Gomorra, envolvendo, como já comentado, a injustiça social, como a opressão aos mais pobres. Dessa forma, podemos compreender que a interpretação dos profetas, assim como uma alusão ao contexto dos tempos de Abraão e, a própria descrição nos capítulos 18 e 19 de Gênesis, refere-se aos pecados da avareza, da injustiça, como também tendo a religião como suporte para manutenção do sistema de opressão, como falsos profetas, com falsos ensinamentos, fazendo prevalecer a crença de se praticar a religião apenas através de rituais, como os sacrifícios. Os profetas fazem as denúncias, como a corrupção envolvendo o governo, pessoas da sociedade, como os próprios religiosos e o sistema judiciário, citando como exemplo Sodoma e Gomorra. Enfim, o adultério, que representa o ser humano ter abandonado Deus e sua justiça, para se aliar ao que era perverso e injusto.

Como o pensamento cristão contemporâneo é notório nesse tema “Sodoma e Gomorra”, ao menos no meio cristão, a interpretação dos profetas não é a interpretação natural dos cristãos de hoje em dia, pois o que se fala é que Sodoma e Gomorra praticavam a perversão sexual, orgias etc., sendo que tanto sexo de forma depravada desagradou Deus, o qual colocou um fim nisso, destruindo as duas cidades. Já o pensamento dos profetas no Antigo Testamento interpreta a perversão no sentido da injustiça social.

O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos. (...) Que tendes vós, que esmagais o meu povo e moeis as faces dos pobres? Diz o Senhor DEUS dos Exércitos. (Isaías 3:9,15).

Em geral, os cristãos não possuem conhecimento da interpretação dos profetas no Antigo Testamento a respeito de Sodoma e Gomorra (capítulos 18 e 19 de Gênesis). Como também não é abordado esse caráter de luta de classes, o qual os profetas enfatizam a respeito das sociedades mesopotâmicas.

Acredito que os abismos entre o período bíblico e nosso tempo são diversos, de forma a termos que buscar uma melhor compreensão bíblica, procurando um pensamento analítico e realizar as conexões entre os diversos textos das Escrituras. Uma conexão mal feita, como o episódio de Sodoma e Gomorra, nos leva a acreditar que foi a perversão sexual que as destruiu e oculta o real problema e o real pecado, que trata-se de uma sociedade desigual, o qual uns se favorecem de privilégios, às custas da opressão ao próximo. Nos dias de hoje, o ensinamento tradicional nos colocaria numa situação que não sendo pervertido sexual, nossa sociedade está salva, fica o “status quo”, “let it be”, “deixa quieto”. A interpretação tradicional cristã nos leva ao engano.

Embora já mencionado anteriormente, as causas da destruição de Sodoma e Gomorra, como a destruição dos países de Israel e Judá, foi a injustiça social, em resumo: Os profetas expõem que a religião praticada apenas por sacrifícios de animais e ofertas não é o que realmente agrada a Deus, mas a santidade e a praticar a justiça, como cuidar dos órfãos, das viúvas, dos desamparados. Alertam para que o grupo de poder mude de atitude, pois exploram o povo. No entanto, o que houve foi uma crescente opressão, um acúmulo de riqueza por parte de alguns privilegiados e, assim, isso era a perversão, ou seja, o afastamento do caminho de solidariedade e justiça que Deus havia proposto, o que levou ao colapso da sociedade israelita e judaíta naquele tempo, assim, como foi também em Sodoma e Gomorra. 

Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado algum remanescente, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a Gomorra. Ouvi a palavra do Senhor, vós poderosos de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. (Isaías 1:9-11)

Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não fez Sodoma, tua irmã, nem ela, nem suas filhas, como fizeste tu e tuas filhas. Eis que esta foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado. E se ensoberbeceram, e fizeram abominações diante de mim; portanto, vendo eu isto as tirei dali. (Ezequiel 16:48-50)

REFERÊNCIAS

BÍBLIA, A. T. Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

MATOS, Givaldo Mauro. ESTUDOS NO AT: Os Profetas. Dourados: UNIGRAN, 2014. 102p.

Bíblia Online. Acesso em [https://www.bibliaonline.com.br]. Disponível em: 27 Jun 2015.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

A conspiração legal dos grupos de poder

O episódio da Vinha de Nabot, na qual encontramos o relato bíblico em 1 Reis 21, é rebatido pelas denúncias do profeta Isaías (Isaías 5:8,9) e do profeta Miqueias, à classe latifundiária opressora de Israel e Judá. Um episódio que retrata uma amostra do que acontecia com a terra dos camponeses pobres e, a conspiração para oprimi-los.

O episódio da Vinha de Nabot, em 1 Reis 21, retrata um exemplo de muitas injustiças sociais acontecidas nos reinos de Israel e Judá e, não muito diferente das injustiças em outras épocas da história humana. Vemos um caso de um governante sedento em possuir mais, à custa do trabalho do povo, neste episódio, à custa de um produtor de uvas, dono de uma vinha.

Esta ambição do governante estava em desacordo com a Aliança no Sinai, na qual tem como proposta a repartição das terras entre as famílias, de forma que houvesse a igualdade entre as pessoas, através também de uma ajuda mútua e um trabalho comunitário. Assim, conforme descrito 1 Reis 21:11-13, o governo, juntamente com as pessoas mais influentes, a elite social, em acordo com a religião, ao menos à interpretação tendenciosa da mesma, busca condenar o dono da vinha de forma caluniosa, observando o cuidado desse grupo de poder em se ter duas testemunhas, pois para se ter a sentença de morte era necessário duas ou mais, conforme Deuteronômio 17:6.

Vemos assim um esquema de governo, elite social e religião, trabalhando juntos para ter cada vez mais posses e oprimir cada vez mais o povo. Neste caso, Nabot foi “assassinado”, porém de forma legal, através da conspiração entre o governo, elite e religião. Também, se referindo à opressão generalizada, havia a cobrança excessiva de juros ao produtor, tendo como consequência a perda de sua terra para os credores, ou mesmo que esses produtores, em crise, possivelmente por perdas no plantio, vendiam suas terras para pagar as dívidas, resultando numa só consequência: a formação de grupos de trabalhadores oprimidos e “sem terra” e, os latifundiários. Tal grupo conspiratório tinha o trabalho de se unir para praticar a injustiça e, nesse caso, tratava-se da formação dos latifúndios, justamente o que não deveria acontecer, tendo em vista o projeto de Deus de justiça social e distribuição agrária estabelecida na Aliança do Sinai.

Dessa forma, Isaías denuncia esse tipo de exploração do povo, que cada vez mais se tornava mais pobre à custa de um sistema de opressão, como a formação de latifúndios. Não apenas isso, mas Isaías faz um prenúncio do exílio ao se referir às casas vazias, como vemos em Isaías 5:8,9.

Miqueias também denuncia que aqueles que deveriam proteger o povo, acabavam por serem os próprios agentes da opressão, especialmente os profetas (falsos), que induzem o povo ao erro, escondendo dele a verdade a respeito do projeto de Deus, garantindo assim a continuidade do sistema que favorece o grupo de poder, como percebemos em Miqueias 3:5. Além, Miqueias fala do engano que é acreditar que Deus protegerá o país incondicionalmente, apesar das injustiças praticadas e que nenhum mal ocorrerá, pois também, como Isaías e outros profetas prenunciam o fim do país, o exílio e a destruição, como se vê em Miqueias 3:11,12.

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1 Reis 21

E sucedeu depois destas coisas que, Nabote, o jizreelita, tinha uma vinha em Jizreel junto ao palácio de Acabe, rei de Samaria.
Então Acabe falou a Nabote, dizendo: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está vizinha ao lado da minha casa; e te darei por ela outra vinha melhor: ou, se for do teu agrado, dar-te-ei o seu valor em dinheiro.
Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais.
Então Acabe veio desgostoso e indignado à sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jizreelita, lhe falara, quando disse: Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, e voltou o rosto, e não comeu pão.
Porém, vindo a ele Jezabel, sua mulher, lhe disse: Que há, que está tão desgostoso o teu espírito, e não comes pão?
E ele lhe disse: Porque falei a Nabote, o jizreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, te darei outra vinha em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha.
Então Jezabel, sua mulher lhe disse: Governas tu agora no reino de Israel? Levanta-te, come pão, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jizreelita.
Então escreveu cartas em nome de Acabe, e as selou com o seu sinete; e mandou as cartas aos anciãos e aos nobres que havia na sua cidade e habitavam com Nabote.
E escreveu nas cartas, dizendo: Apregoai um jejum, e ponde Nabote diante do povo.
E ponde defronte dele dois filhos de Belial, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei; e trazei-o fora, e apedrejai-o para que morra.
E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara.
Apregoaram um jejum, e puseram a Nabote diante do povo.
Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu.
Então mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado, e morreu.
E sucedeu que, ouvindo Jezabel que já fora apedrejado Nabote, e morrera, disse a Acabe: Levanta-te, e possui a vinha de Nabote, o jizreelita, a qual te recusou dar por dinheiro; porque Nabote não vive, mas é morto.
E sucedeu que, ouvindo Acabe, que Nabote já era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jizreelita, para tomar posse dela.
Então veio a palavra do Senhor a Elias, o tisbita, dizendo:
Levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para possuí-la.
E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o Senhor: Porventura não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o Senhor: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote lamberão também o teu próprio sangue.
E disse Acabe a Elias: Já me achaste, inimigo meu? E ele disse: Achei-te; porquanto já te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor.
Eis que trarei mal sobre ti, e arrancarei a tua posteridade, e arrancarei de Acabe a todo o homem, tanto o escravo como o livre em Israel;
E farei a tua casa como a casa de Jeroboão, filho de Nebate, e como a casa de Baasa, filho de Aías; por causa da provocação, com que me provocaste e fizeste pecar a Israel.
E também acerca de Jezabel falou o Senhor, dizendo: Os cães comerão a Jezabel junto ao antemuro de Jizreel.
Aquele que morrer dos de Acabe, na cidade, os cães o comerão; e o que morrer no campo as aves do céu o comerão.
Porém ninguém fora como Acabe, que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do Senhor; porque Jezabel, sua mulher, o incitava.
E fez grandes abominações, seguindo os ídolos, conforme a tudo o que fizeram os amorreus, os quais o Senhor lançou fora da sua possessão, de diante dos filhos de Israel.
Sucedeu, pois, que Acabe, ouvindo estas palavras, rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de saco, e jejuou; e jazia em saco, e andava mansamente.
Então veio a palavra do Senhor a Elias tisbita, dizendo:
Não viste que Acabe se humilha perante mim? Por isso, porquanto se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho o trarei sobre a sua casa.

Isaías 5:8,9

Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a campo, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
A meus ouvidos disse o Senhor dos Exércitos: Em verdade que muitas casas ficarão desertas, e até as grandes e excelentes sem moradores.

1 Reis 21:11-13

E os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que habitavam na sua cidade, fizeram como Jezabel lhes ordenara, conforme estava escrito nas cartas que lhes mandara.
Apregoaram um jejum, e puseram a Nabote diante do povo.
Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu.

Deuteronômio 17:6

Por boca de duas testemunhas, ou três testemunhas, será morto o que houver de morrer; por boca de uma só testemunha não morrerá.

Miqueias 3:5

Assim diz o Senhor acerca dos profetas que fazem errar o meu povo, que mordem com os seus dentes, e clamam paz; mas contra aquele que nada lhes dá na boca preparam guerra.

Miqueias 3:11,12

Os seus chefes dão as sentenças por suborno, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
Portanto, por causa de vós, Sião será lavrada como um campo, e Jerusalém se tornará em montões de pedras, e o monte desta casa como os altos de um bosque.
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REFERÊNCIAS

BÍBLIA, A. T. Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

Bíblia Online. Acesso em: [https://www.bibliaonline.com.br]. Disponível em: 27 Jun 2015.

MATOS, Givaldo Mauro. ESTUDOS NO AT: Os Profetas. Dourados: UNIGRAN, 2014. 102p.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Capitalismo X Feudalismo Aprimorado


É no mínimo curioso o fato de compararmos capitalismo com o feudalismo. Afinal, para se entender capitalismo, normalmente estuda-se antes o feudalismo.

De fato, as raízes do capitalismo estão no feudalismo, o que por sua vez, já é um sistema aprimorado do comércio da antiguidade.

No entanto, podemos perceber hoje, que talvez capitalismo não exista, ou pelo menos, ainda não foi aplicado e, se existe em funcionamento, está apenas em alguns pontos isolados, embora tais pontos devem reagir com outros mercados, já que é um dos princípios do próprio capitalismo.

O que vemos hoje em dia ainda é o feudalismo, porém um feudalismo aprimorado.

Lembremos então alguns aspectos que definiram e que ainda podemos dizer que definem o feudalismo:

No sistema feudal, temos alguns personagens, tais como: o senhor feudal, vassalo, rei, clérigo, cobrador de impostos, soldados, camponeses, dentre outros figurantes.

Temos assim os camponeses, que trabalham na produção de alimentos dentre instrumentos de trabalho, armas e etc. Na prática não possuem lucro, pois tudo que produzem, entregam ao vassalo, que “compra” a produção, em troca, recebem dinheiro ou insumos para continuar produzindo, ou mesmo já se desconta de uma dívida mais antiga. Como trabalham duramente, ocorre alguma sobra, o que seria o lucro, mas o cobrador de imposto leva embora. O que vemos é que os camponeses são como escravos livres. São livres, mas para viverem, trabalham a troco de suas sobrevivências.

O vassalo talvez esteja numa posição privilegiada, pois não é um trabalho braçal, mas a responsabilidade é grande. Ele é um “freelance”, mas na prática é um gerente do senhor feudal. É o vassalo que recolhe a produção dos camponeses e a transforma em dinheiro, para assim prestar contas ao senhor feudal. Como ele está acima de vários produtores, torna-se um intermediário que consegue reunir um lucro, pois um pouquinho de cada um lhe permite isso.
Apesar de ter um “status” um pouco acima dos camponeses, não fica livre dos impostos, mas é claro que o vassalo não deixaria de ter uma quantia não contabilizada.

O senhor feudal é realmente a melhor posição para se estar. Não é o topo, como um rei, ou outro nobre. Não possui um rótulo de alguma crença. Não precisa ter um trabalho braçal. Pode ter tudo que o dinheiro pode comprar.

O senhor feudal é dono das terras, onde os vassalos administram os burgos, ou seja, as vilas, que nada mais são do que os centros de comércio e moradia dos camponeses. Uns senhores feudais são mais ricos e donos de mais terras que outros.

Todo o lucro é dele, porém, as despesas são dos vassalos e camponeses. Porém vale lembrar, que seu padrão de vida é alto, o que lhe dá muitas despesas, mas dinheiro não é problema, pois ele controla a economia, juntamente com o time de senhores feudais.

O rei, ou o monarca que conglomera as terras de alguns senhores feudais, mantém um exército para garantir o sistema econômico dos senhores feudais. O governo é controlado pelos senhores feudais. Porém isso é algo discreto, pois faz bem ao ego do representante do governo pensar que possui tudo sob controle, mas o amontoado de parentes e políticos fazem a política de quem controla o comércio.

Embora haja uma grande contribuição da grande população de camponeses, aqueles escravos livres, os senhores feudais é que acabam pagando os grandes investimentos no país.

Os senhores feudais de um país não são limitados por fronteiras, pois possuem parentes em outros países, além de amigos, sócios, ou mesmo parceiros comerciais, que também são senhores feudais. Porém quando um determinado grupo de senhores feudais é ameaçado pela concorrência, ou mesmo produtividade ruim, decorrente de seca ou outro problema, amigos, amigos, negócios a parte. Uma guerra geralmente ajusta essas diferenças, embora impostos de um território para o outro evita perdas de vidas.

O representante do governo finge que governa, mas acaba fazendo a vontade da corte. Qualquer tentativa de mudar o sistema, deixando o comércio livre, ao invés dos especuladores senhores feudais, poderia fazê-lo perder a sua posição, que além de status, garante uma vida de luxo para si, para família e agregados.

O clérigo tenta ficar neutro de todo esse sistema. Uns têm a crença como profissão e, buscam enriquecer os cofres da central religiosa, além de obter benefícios através de artifícios políticos. Outros, porém levam a sério o aspecto espiritual e, buscam levar mensagens de paz e esperança às pessoas. Os ouvintes ricos normalmente acham que não precisam de Deus, porém os mais pobres buscam a provisão de Deus.

Vejamos agora o capitalismo, ou melhor dizendo, o que acontece hoje em dia:

Temos uma classe operária, os trabalhadores comuns. Produzem no campo ou na cidade. Na prática não possuem lucro, pois tudo que produzem não pertencem a eles, no caso de empregados. Trabalham em troca de um salário, que o gastam na sobrevivência, ou mesmo já se desconta de uma dívida mais antiga. Como trabalham duramente, ocorre alguma sobra, o que seria o lucro, mas os impostos levam embora. Porém não é mais um cobrador de impostos humano, pois o sistema é eletrônico nos dias de hoje. O que vemos é que os trabalhadores são como escravos livres. São livres, mas para viverem, trabalham a troco de suas sobrevivências.

Há uma outra camada de pessoas, denominada empresários, que por sua vez são os donos das empresas onde estão os trabalhadores.

O empresário talvez esteja numa posição privilegiada, pois não é um trabalho braçal, mas a responsabilidade é grande. Ele é um independente, mas na prática é uma espécie de gerente dos grandes empresários, pois estes controlam a economia. Isto é, ditam os preços, controlam a mídia, a vontade dos consumidores. Apesar disso, conseguem normalmente juntar um lucro, mas qualquer balanço do sistema econômico, pode-se perder tudo e até o que não tem.

Apesar de ter um “status” um pouco acima dos trabalhadores, não fica livre dos impostos, mas é claro que o empresário não deixaria de ter um caixa 2.

O grande empresário é realmente a melhor posição para se estar. Não é o topo, como um chefe de estado. Não possui um rótulo de alguma crença. Não precisa ter um trabalho braçal. Pode ter tudo que o dinheiro pode comprar.

O grande empresário é praticamente dono dos mercados, pois em associação com os demais da mesma classe, possuem as empresas chaves que giram a economia global, assim controlam desde os preços até as cores preferidas das pessoas. Os empresários, que estão logo abaixo acabam auxiliando a manter o sistema em funcionamento, pensando que a comércio é livre. Mas que pensem. Os grandes empresários não se importam com pensamentos, mas com dinheiro.
Todo o lucro é dele, porém, as despesas são dos empresários comuns e trabalhadores. Porém vale lembrar, que seu padrão de vida é alto, o que lhe dá muitas despesas, mas dinheiro não é problema, pois ele controla a economia, juntamente com o time de grandes empresários.

O chefe de estado mantém um exército para garantir o sistema econômico dos grandes empresários. O governo é controlado pelos grandes empresários. Porém isso é algo discreto, pois faz bem ao ego do representante do governo pensar que possui tudo sobre controle, mas o amontoado de parentes e políticos fazem a política de quem controla o comércio.

Embora haja uma grande contribuição da grande população de trabalhadores, aqueles escravos livres, os grandes empresários é que acabam pagando os grandes investimentos no país. Apesar de quando as coisas vão mal, passa-se a dívida ao país, como o país não tem como ir a falência, fica o dito como não dito, ou seja, “let it be”, deixa estar.

Os grandes empresários de um país não são limitados por fronteiras, pois possuem parentes em outros países, além de amigos, sócios, ou mesmo parceiros comerciais, que também são grandes empresários. Porém quando um determinado grupo de grandes empresários é ameaçado pela concorrência, ou mesmo produtividade ruim, decorrente de seja qual for o problema, amigos, amigos, negócios a parte. Uma guerra geralmente ajusta essas diferenças, embora impostos de um território para o outro evita perdas de vidas.

O representante do governo finge que governa, mas acaba fazendo a vontade de um parlamento (composto em grande parte por “laranjas” dos grandes empresários ou, “batatas” dos trabalhadores, que passam a ser “laranjas”, graças ao dinheiro dos grandes empresários). Qualquer tentativa de mudar o sistema, deixando o comércio livre, ao invés dos especuladores grandes empresários, poderia fazer o representante do governo perder a sua posição, que além de status, garante uma vida de luxo para si, para família e agregados.

O clérigo tenta ficar neutro de todo esse sistema. Uns têm a crença como profissão e, buscam enriquecer os cofres da central religiosa, além de obter benefícios através de artifícios políticos. Outros, porém levam a sério o aspecto espiritual e, buscam levar mensagens de paz e esperança às pessoas. Os ouvintes ricos normalmente acham que não precisam de Deus, porém os mais pobres buscam a provisão de Deus.

Como vemos, capitalismo não existe na prática. Trata-se de ficção de pensadores modernos.

O que temos hoje é um feudalismo aprimorado, pois há um sistema bem mais complexo de comércio, o que é bom para manter as coisas como estão, pois os trabalhadores comuns, apesar das dificuldades, possuem acesso à cultura, o que não era comum no feudalismo. Com um pouco de estudo fariam uma revolução. Porém o sistema econômico não é local, mas mundial, o que fica restrito o entendimento há uns poucos estudiosos.

Há uma gama muito maior de intermediários, ou seja, os empresários comuns, que em grande parte são trabalhadores aprimorados. Ao contrário dos vassalos, os empresários não conhecem a quem eles prestam obediência. È o que podemos chamar de sociedades anônimas legítimas.

Os grandes empresários são muito diferentes do que se entende por empresários, pois o que temos são até pessoas que nem sabem se têm ou não empresas. São os donos do mundo. O que é útil é o dinheiro deles, este é que “trabalha”, enquanto os grandes empresários dormem, jogam golfe, passeiam de iate, ou seja, enquanto fazem qualquer coisa que não seja se envolver nos problemas do mundo. Seus administradores é que ficam com estas peculiaridades. O entretenimento dos grandes empresários e uma subcamada de administradores é um grande aprimoramento do feudalismo.

Há uma interligação de governo e blocos compostos por diferentes governos, que torna o comércio mais global. Com a informática e avanços tecnológicos, não se controla apenas empresas e mercados, mas também governos. Os governos sempre cumprem o que os grandes empresários querem, pois eles controlam as pessoas. De repente um governante é deposto ou morto. De repente um país é invadido e subjugado.

Além disso tudo, há uma rede de notícias facilmente controlável. Assim, o povo como sempre, vai na onda de quem está por cima, seja senhor feudal, seja grande empresário e, ainda pensa que pensa livremente.

Do ponto de vista espiritual, há hoje mais oferta de crenças do que no feudalismo tradicional, porém não em todo o mundo.

A base de um sistema capitalista está associada ao consumo. Porém esta base de consumidores têm sido os escravos livres, ganhando o suficiente para não morrerem. Isso faz com que não haja um livre comércio. O dinheiro é dosado de forma a controlar a população, sem porém, prejudicar o pseudo capitalismo.

Este sistema de dosagem, provocado por preços, impostos e juros controlados pelos governos, é o grande aprimoramento do feudalismo. Ele é tão organizado, que não é feito pelos grandes empresários. Pelo menos, não indiscretamente. E eles ainda atacam o governo. Assim o povo reclama com o governo e, eles continuam jogando golfe, dando voltas de iate, sem serem incomodados.

Como vemos, o que vivemos hoje é o feudalismo aprimorado.


Marcelo Gil da Silva


Bonito-MS, 2007

A hermenêutica da Teologia da Libertação

A hermenêutica da Teologia da Libertação faz uma leitura a partir da realidade na qual ela surge, a América Latina das injustiças sociais e da opressão sofrida pelo seu povo. A partir dessa realidade, os fundamentos da Teologia da Libertação possuem duas bases, sendo a busca pela justiça social e a própria Bíblia.

A hermenêutica então vai se estabelecendo na leitura dos pensamentos dos filósofos do século XIX, especialmente o de Marx, os quais descreveram a situação de exploração do homem pelo homem, com o advento da Revolução Industrial e, por sua vez a percepção da acumulação de riquezas (lucro) por um grupo, em detrimento do trabalho de outro grupo (classe trabalhadora). Tal hermenêutica traz a interpretação de tais pensamentos a uma aplicabilidade teológica, assim como o “encaixe” à realidade de opressão latino-americana.

No entanto, tratando-se de uma construção teológica, não se trata apenas de considerar os pensamentos revolucionários, como o marxista para a interpretação da realidade, mas também a própria Bíblia. Assim, a hermenêutica da teologia da Libertação faz uma leitura bíblica através da ótica liberacionista, como a libertação do povo hebreu descrita em Êxodo, o pacto no Sinai, com seu código de leis beneficiadoras para a fundação de um país com base na justiça, além de dar um sentido aos ensinos de Jesus, como uma afirmação das denúncias e do caráter revolucionário dos profetas do Antigo Testamento.

Embora tenhamos a possibilidade de explorar a Teologia da Libertação através de muitos autores, Leonardo Boff se destaca, produzindo assim uma literatura que envolve a hermenêutica da Teologia da Libertação. Isso envolve também a ideia de transcendência e imanência, na qual Cristo é a manifestação encarnada de Deus, ou seja, Cristo é a imanência do Transcendental, que é Deus. Cristo utiliza uma linguagem totalmente nova à dos profetas do Antigo Testamento, sendo mais direto, mais prático e, definitivamente, muito mais amoroso. Na hermenêutica da Teologia da Libertação, Cristo é a encarnação da luta dos profetas pela justiça social.

Em referência à Bíblia, a Teologia da Libertação necessita de uma hermenêutica por uma ótica da libertação. Pelas práxis, é inevitável a construção de uma teologia, por sua vez de uma hermenêutica a partir e para o contexto, na qual ela surge e se direciona. Assim pelo que se percebe, a Teologia da Libertação é fundamentada através dessas duas linhas, o contexto de opressão e necessidade de justiça social e, o apontamento da Bíblia, através da hermenêutica da TL, pela necessidade de libertação e justiça.

O positivo na construção teológica de uma hermenêutica que remonta o propósito da existência humana, através da imanência do transcendental, a encarnação de Deus, através do espírito da fraternidade, da justiça e da solidariedade. Isso dá sentido a mensagem bíblica, indo além do que já se considera óbvio, que é a Salvação através de Cristo, mas também de como proceder até alcançar tal objetivo. No entanto, encontramos problemas, no desenvolvimento dessa hermenêutica, pois faz a leitura bíblica a partir de uma realidade contextual à necessidade de um povo, o que pode levar a se perguntar até que ponto nos aprofundamos verdadeiramente no significado bíblico ou estamos influenciando essa verdade através de novos conceitos. Melhor dizendo, porque queremos uma interpretação que justifique o que pensamos, desenvolvemos uma hermenêutica que assim faça, não necessariamente é o significado verdadeiro, ou seja, podemos estar vendo o que queremos ver, através da ótica que escolhemos ver.


REFERÊNCIA

AGUILERA, José Miguel Mendoza. TEOLOGIA LATINO AMERICANA. Dourados: UNIGRAN, 2015. 88p.

sábado, 27 de junho de 2015

As terras férteis para as teologias contemporâneas

Algumas teologias vão surgindo e ganham expressão diante de uma sociedade, cada vez mais individualista e ansiosa em encontrar suas ciências e convicções, tendo ou não fundamento bíblico ou tradicional. Vejamos, por exemplo, a Teologia da Prosperidade encontra um terreno fértil na América Latina e, especificamente no Brasil devido a alguns fatores. Assim, citemos alguns deles:
  1. A necessidade de uma libertação do sistema de opressão instalado na América Latina, nos quais os povos se encontram explorados e oprimidos pela forma que o capitalismo se desenvolveu no continente. Assim, uma teologia que dá a esperança de obter a prosperidade financeira, vem a parecer uma solução, ainda que superficial, a situação de pobreza e opressão na  América Latina.
  2. A Teologia da Prosperidade possui suas raízes através de leigos, que apesar de seus conhecimentos empíricos, ainda não sustentam a composição de uma teologia racional, criando assim um paralelo teológico com base estritamente na fé e, deixando fundamentos primordiais um tanto de lado. Encontra-se na América Latina, especialmente no Brasil, um quadro similar nas igrejas, em geral com seus líderes não possuindo a formação teológica acadêmica, construindo a teologia através de experiências, sem uma fundamentação genuinamente teológica. Esse quadro é favorável à absorção de “teologias empíricas”.
  3. Temos na América Latina, especialmente no Brasil, o crescimento do pentecostalismo, que possui uma característica do extra-bíblico, de uma aceitação à autoridade profética, o que coloca as pessoas numa situação favorável a receber uma teologia sem a devida fundamentação bíblica e, mesmo teológica, no caso, a Teologia da Prosperidade, com seus aspectos metafísicos, tendem a se encaixar no pensamento pentecostal, tanto às pessoas comuns, como nos líderes, recordando a formação em geral dos líderes descritas no item anterior.
A teologia é construída a partir de um contexto, de uma realidade, assim as diferentes correntes sócio-políticas e culturais ao longo da história propiciaram a evolução, como a formulação teológica. Assim, surgem as Teologias da Libertação, Feminista, da Prosperidade e, qualquer outra, sob as influências dos pensamentos filosóficos da segunda metade do século XIX até meados do século XX.

As diferentes teologias se utilizam da mesma Bíblia, no entanto, chegam a conclusões diferentes e às vezes opostas. O que tais teologias propõem são visões de mundo extra-bíblicos, ou seja, se utilizam de uma hermenêutica a partir de seus próprios fundamentos, utilizando-se da Bíblia pelos seus olhares específicos. Em resumo tais teologias observam a Bíblia, como algo que está numa rua, porém através de diferentes janelas, por sua vez de diferentes casas que estão de frente à mesma rua.

Dessa forma, ocorrem nessas teologias caminhos além da Bíblia, algumas vezes até mesmo se dando mais importância a esses caminhos do que a própria Bíblia, na qual ela torna-se mais um instrumento de justificação teológica, do que o fundamento da fé cristã, como sua mensagem que aponta ao Evangelho, a Salvação através de Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS

AGUILERA, José Miguel Mendoza. TEOLOGIA LATINO AMERICANA. Dourados: UNIGRAN, 2015. 88p.

BÍBLIA, N. T. Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

sábado, 20 de junho de 2015

Misticismo Cristão

A religião enquanto ciência é uma disciplina que se inicia de forma simples e, a cada pensamento vai se tornando com um grau cada vez mais elevado de complexidade, a tal ponto de confundir bons estudiosos.

Nos dias atuais encontramos uma diversidade de situações místicas no seio da igreja cristã, que embora com mais força no meio evangélico, também percebe-se nos meios católicos.

Existe uma "queda de braço" entre o pensamento religioso e o pensamento científico, na qual este último se apoderou do que chamamos de lógica, mesmo que também haja lógica no pensamento religioso. No entanto, o pensamento religioso requer também cuidado, pois a simples crença leva-nos a encontrar as justificativas de nossas teses, de forma a garantir suas realidades, muitas vezes desprezando a verdadeira essência de suas justificativas.

A base da igreja cristã é a crença em Jesus, o homem que dividiu a história ao meio, porém com a fonte teórica na diversidade que é a Bíblia e, ela mais tem servido de apoio para a crença, do que a crença ser apoiada nela. Assim, torna-se necessário os dois pensamentos, tanto o religioso, como o científico, pois a Bíblia não é apenas um relato de fé, mas também uma fonte histórica, que ecoa a experiência de povos antigos, no intuito de se ter lições para vida contemporânea.

A interpretação a partir da fonte não é uma tarefa fácil, tendo em vista a interferência do interpretador ser inevitável, mas pode ser administrada, afim de não se fazer o contrário, que é se ter a doutrina que surge, muitas vezes dos delírios cerebrais, para então se recorrer ao conjunto de livros que é a Bíblia, instrumento de maior impacto em toda a Terra, com o objetivo de se encontrar as explicações para tal doutrina e, embora necessitando de muitas doses de fé para se enxergar a doutrina, fruto da imaginação, dentro da Bíblia, repete-se tantas vezes, com euforia e tecnologia, com uma suposta autoridade e reafirmações, que a doutrina é tida como verdade e, por supostamente estar na Bíblia, ser a verdade incontestável.

Dessa forma, há dois "poderes" típicos do misticismo cristão, basicamente encontrados no lado evangélico da força cristã, que são versões de profecia e revelações, conhecidas pelos críticos de "profetada" e "revelamento". Como "profetada" não é uma palavra usual e "revelamento" realmente não existe, são utilizadas para se referir às falsas profecias e revelações. Assim, profetada é uma suposta profecia que trata-se de uma imaginação fértil e, não de algo com base bíblica, ou mesmo espiritual. Revelamento é de modo semelhante a suposta revelação de Deus, mas também se trata da imaginação.

As consequências são diversas, mas podemos no momento nos concentrar nas pessoas comuns, que não possuem tempo para estudar a Bíblia, ou mesmo sobre muitos aspectos da espiritualidade o do pensamento religioso, nas quais buscam esse conhecimento através dos sacerdotes, que por sua vez, não fizeram a "lição de casa", ensinando suas próprias doutrinas, ou "compradas" de alguma fonte que vem  ecoando tradições dessas doutrinas imaginárias, depois utilizam a Bíblia para justificar tais doutrinas e levam muitos ao erro e, até ao ridículo.

Vale ressaltar a importância e manutenção dos dois sistemas de pensamento, pois engana-se que o pensamento científico é o único racional e seguidor de lógica, pois acreditar é o primeiro passo da ciência, que em nada se move, sem primeiramente ter o início na crença, que através de uma hipótese, ou seja, um primeiro pensamento, geralmente pautado apenas em acreditar, ou seja, na fé, é que se inicia o pensamento científico, por sua vez, uma sequência de métodos para se comprovar ou não a hipótese.

Eis então a questão, para se ter o pensamento religioso como fim e não como início, que é o caso do pensamento científico, invertamos os pólos e partamos do pensamento científico, ou seja, da racionalidade, extraindo da Bíblia as essências, de forma a construir doutrinas a partir dela, e não ela ser o instrumento para tentar justificar nossos delírios. Ainda é uma tarefa difícil, mas é isso que as pessoas esperam dos sacerdotes. A consequência é que o misticismo vai se esvaziando, dando espaço a verdadeira espiritualidade, por sua vez, uma aplicabilidade na vida contemporânea.

A Bíblia como fonte e não como causa, traz a verdadeira essência da vida humana, ao contrário do misticismo cristão, que possui as fórmulas mágicas, com os respectivos sacrifícios para sucesso financeiro, casamento, passar em concurso público, dentre uma série de ilusões, que mais vão se distanciando do Cristianismo do que verdadeiramente o praticando.


sábado, 13 de junho de 2015

A geração que nada fez

Cada humano na Terra e além dela pensa no que é ser humano. Indaga-se a si mesmo, na esperança de respostas do que representa a Humanidade, influenciado claramente pelas correntes de pensamento de sua época, muitas vezes ecos de outrora.

O individualismo é tido como evidente em tempos de uma era tecnológica dos finais do Século XX e início do Seculo XXI da Era Comum. No entanto o processo individualista acompanha os humanos desde tempos antigos da Humanidade.

Mesmo assim, a Humanidade, ainda que conceitualmente obscura, representa a união fraterna dos humanos, nos quais cooperam para a existência de um organismo, por sua vez chamado Humanidade.

Em tempo futuros, humanos revisarão a História e lembrar-se-ão dos primeiros anos do terceiro milênio da Era Comum como o tempo em que tal geração de humanos abandonou parte da Humanidade à sua própria sorte. Perceberão que muitos humanos tinham a consciência do mal, mesmo assim deixaram que ele agisse livremente, pois acostumaram-se com ele.

Nas cidades, humanos passam por humanos que estão jogados no chão, com roupas rasgadas, cheirando mal, sujos e com fome. Os veem, mas os ignoram. Indiferentes continuam suas vidas até que não os veem mais, mesmo que eles estejam exatamente no mesmo lugar.

Humanos dessa época serão lembrados como aqueles que amaram mais as coisas, do que seus semelhantes, como também lembrados por ser a geração que nada fez pela Humanidade. Tal período será estudado no futuro como sendo um dos momentos críticos que teria levado à extinção toda a espécie, na qual nenhuma luz brilhou, pois os corações já estavam endurecidos pela indiferença, pelo envenenamento desde tempos antigos, que obscurece a consciência humana e o senso de cooperação na Humanidade, dois temas comuns no futuro, porém misteriosos nesses dias.

O futuro existe não por causa desses dias, mas uma luz que brilhará e acordará os humanos do transe, de forma a conhecer esses obscuros dias, não para se orgulhar, porém para recordar como lições a não serem repetidas e perceber como nos tornaremos melhores no futuro.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Breve capitalismo x socialismo

O capitalismo tem seu início no capital, sendo através deste a elaboração de políticas sociais. Já o socialismo tem seu início na Sociedade Humana, sendo através dela a elaboração de políticas de capital.


Tanto um como outro necessitam de aprimoramento para serem realidades, de forma a não serem distorcidas pelo individualismo. Mais cedo ou mais tarde teremos que escolher qual dos dois caminhos levará à sobrevivência de nossa espécie, à eternidade, ao legado humano no Universo.


A escolha se trata de ter nossas vidas governadas pelas coisas, ou as coisas governadas pelas nossas vidas.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Idoso faz reflexões sobre a vida

Trecho do Culto na Igreja Batista Lagoinha - 28/09/2014 Manhã - Pr. Paulo César de Sousa (Palhaço Paulinho)