domingo, 29 de maio de 2016

LA PLATA YVYGUY - ENTERROS & GUARDADOS (trailer)




Sinopse

Diz a lenda que durante a Guerra do Paraguai (1864-1870) famílias da região da fronteira e soldados que partiam para a batalha escondiam suas fortunas enterradas em locais secretos, para recuperá-los com segurança após a Guerra.
Muitas vezes, porém, os únicos que sabiam do paradeiro desses tesouros morriam, antes que pudessem voltar para resgatá-los. Segundo contam os moradores da região, os espíritos desses homens atormentados revelam a pessoas escolhidas o local desses “enterros e guardados” através de sonhos, visões e assombrações.

LA PLATA YVYGUY - ENTERROS & GUARDADOS faz uma arqueologia histórico-literária de uma lenda formada no interior do maior conflito da América do Sul, que se desenvolve no imaginário regional e marca até hoje a identidade de um povo.

Direção e Roteiro: MARCELO FELIPE SAMPAIO e PAULO ALVARENGA.
Produção Executiva: MARCELO FELIPE SAMPAIO e FERNANDO BONASSI.
Supervisão de Roteiro: FERNANDO BONASSI.
Assistência de Roteiro: CELINA LERNER, ERICK MONSTAVICIUS e IAGO PRAXEDES.
Sound Desing: TUCO BARINI.
Fotografia: ARTHUR HARA, MARCELO F. SAMPAIO e CARLOS CANAVÓ.
Ilustrações: ALEXANDRE BARASINO
Montagem: MARCELO FELIPE SAMPAIO.
Trilha Sonora: SERGIO TERRANOVA, TUCO BARINI, CANDIEIRO E CELSO PIXINGA.
Supervisão de Texto: CLÁUDIA LORCA.
Color Grading: ROBERTO LAGUNA.
Produtora Associada: CINEMATIKA FILME

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Como uma igreja pode expressar a Missão Integral na sociedade?

Marcelo Gil da Silva
Teólogo

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) Graduado


Imagem extraída de www.cefraternidade.com.br
Primeiramente á válido atentar para o fato de muitas vezes a igreja não saber o que é Missão Integral e, justamente por não compreender o conceito, age de uma forma mecanizada na tentativa de ir além do espiritual, mas falta o envolvimento real que é a profundidade da Missão Integral.

Missão Integral está atrelada a fé e, a fé vem pela experiência da Palavra de Deus. A questão não é ter a Bíblia como uma referência metodológica, mas ser participante da grande riqueza que é conhecê-la. Assim, a Bíblia, como Palavra de Deus, é a base para a igreja, como é a base para a Missão Integral.

Conforme o pastor e teólogo Valdir Steuernagel, há três coisas fundamentais para o desenvolvimento da Missão Integral: ouvir a Deus; olhar para além da igreja, percebendo a realidade, principalmente do pobre; viver em comunidade (STEUERNAGEL, 2014). Podemos entender que a compreensão de Steuernagel tem sua sustentação em ter a Bíblia como fundamento e, o envolvimento com a comunidade, percebendo suas necessidades, tanto físicas, como espirituais.

Estamos acostumados com o modelo de igreja, normalmente episcopal, por sua vez na verticalização das ações, dessa forma, esperando alguma estratégia denominacional. No entanto, acompanhando o pensamento do pastor e teólogo Ariovaldo Ramos, temos que a Missão Integral é feita por pessoas e não pela denominação, na qual ela é o meio que oferece os instrumentos, como também a denominação não é a igreja, pois esta são as pessoas (RAMOS, 2014). Assim sendo, Missão Integral não é um programa para se seguir métodos, nem é possível uma verticalização, nem mesmo é a realização de ações sociais, mas sim, o envolvimento com as pessoas locais, envolvendo-se com as pessoas, participando da comunidade, partilhando de suas angústias, de seus sofrimentos, de sua realidade, para então levá-las ao encontro com a realidade de Deus, trilhando um caminho pautado na justiça e, conforme a ótica de Ramos, esse caminho é Jesus, na qual levando o conhecimento de Jesus à comunidade, vem a justiça, a consciência de igualdade e solidariedade (RAMOS, 2014).

Acredito que uma igreja pode expressar a Missão Integral na sociedade, buscando se envolver com essa comunidade, não se fechando em si mesma, com a crença que comunidade é apenas as que são igreja, ou mesmo, as que participam da denominação. Esse envolvimento deve ir além do pequeno grupo que compõe a igreja local, para uma participação social, na qual também não é exatamente a ação social, mas partilhar dos sentimentos, das vitórias, das derrotas, das dores, das alegrias. Compreender as necessidades das pessoas, sabendo que as necessidades são diferentes e, mais diferentes em outra comunidade, daí a importância de não se verticalizar sistematicamente.

Tendo em vista Missão Integral ser esse envolvimento pessoal, a igreja local precisa viver esse anseio, na qual ela não é um programa, mas faz parte da essência de vida da igreja, o que fará que a mesma expresse a Missão Integral na comunidade. Basicamente, Missão Integral é a experiência do amor de Deus, que contagia as pessoas a terem esse amor ao próximo e, o próximo é justamente quem está próximo, a comunidade.


REFERÊNCIAS

AGUILERA, José Miguel Mendoza. MISSÃO INTEGRAL. Dourados: UNIGRAN, 2015. 82p.
BÍBLIA, Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

KIVITZ, Ed René; RAMOS, Ariovaldo; STEUERNAGEL, Valdir. COMO UMA IGREJA PODE EXPRESSAR A MISSÃO INTEGRAL NA SOCIEDADE? In. Fórum A Missão da Igreja é Integral. 2014. Disponível em [https://www.youtube.com/watch?v=wzXt5qDXfVU]. Acesso em 29 Set. 2015.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Salvação pela vida e, morte por causa da vida de Jesus

Do ponto de vista, a Salvação “pela” vida e, morte “por causa” da vida de Jesus, satisfaz a compreensão de ainda encontrar os pecados por aí e, subsequente, todo o mal agindo contra a humanidade, levando também em conta que ela própria faz mal a si mesma. Podemos exemplificar como o mal atua em nosso meio, através da violência, como a contra mulher, ou mesmo indo mais fundo, a situação de miséria que se encontra boa parte da humanidade, resultado do descaso, do sistema, da opressão, enfim, do próprio mal ainda presente no mundo.

Os teólogos Márcio José Oliveira Rocha e Nair Martins se referindo aos teólogos modernos, que entendem a morte de Jesus juntamente com sua vida e, possuem como ponto de partida a responsabilidade pela sua morte, as autoridades romanas em cumplicidade com as autoridades judaicas, expõem: Na visão desses teólogos, Jesus morreu porque optou em amar e servir os pobres e marginalizados e, não para substituí-los de seus pecados.


(Trecho extraído do livro "Primeiros Passos na Teologia", de Marcelo Gil da Silva)

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Vaso novo

Marcelo Gil da Silva
Teólogo

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) Graduado


Imagem extraída de provaievedeapalavra.blogspot.com.br
Dentre muitos aspectos da vida na Palestina nos dias do Segundo Testamento, o cotidiano com suas raízes nos tempos no Primeiro Testamento, vale dar um destaque a um simples olhar econômico, pois está associado à sobrevivência particular de cada família palestina. A indústria da cerâmica, que tem seu início de forma rudimentar e caseira, vai se tornando cada vez mais profissional e com um grau de mecanização, na utilização do torno, estabelecendo assim a produção em massa e colocando os utensílios cerâmicos a preços acessíveis.

Tal grau de desenvolvimento econômico nessa indústria torna o conhecimento do assunto popular dentre o povo que a experimentou, o que no aspecto religioso passa a ser amplamente utilizado através de metáforas, comparando o oleiro com o próprio Deus, o vaso, ao ser humano e, podendo expandir de forma diversificada. Podemos exemplificar da seguinte forma, com base no que era corriqueiro na vida religiosa do povo hebreu, dizendo que sem Deus somos como um vaso vazio, ou mesmo, de talvez experimentarmos ser despedaçados como um vaso que no chão cai, transformando-se em cacos, para sermos novamente refeitos, mas da segunda vez, conforme a vontade do oleiro, que é Deus.


Referências

BÍBLIA, Português. Bíblia sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
NOGUEIRA, Sérgio. Estudos no NT: Evangelhos e Atos. Sérgio Nogueira. Dourados: UNIGRAN, 2013.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

O culto cristão virou apenas um ritual?

Marcelo Gil da Silva
Teólogo

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) Graduado

Batismo de Jesus
(Imagem extraída de literaturateologica.blogspot.com.br)
O Cristianismo é uma religião ritualística, mas é claro que não se resume a apenas isso. No entanto, há dois básicos rituais, sendo o Batismo e a Santa Ceia (Eucaristia). Simbolismo ou conexão mística, é uma tradição desde os primórdios da Igreja Cristã.

O Batismo é a porta de entrada no Cristianismo, que significa arrependimento e "mortificação" da vida anterior, fora dos preceitos cristãos, como também o renascimento para uma nova vida, mas dessa vez, seguindo os princípios de Cristo. Vemos o relato de João Batista, o precursor de Jesus: "E eu vos batizo com água, para arrependimento (...)" (Mateus 3:11).

Última Ceia de Leonardo da Vinci, na Basílica Santa Maria delle Grazie
(Milão, Itália)
A Santa Ceia ou Eucaristia refere-se à participação do corpo de Cristo. De realmente, além do arrependimento e de entrega à vida cristã, de viver essa vida em harmonia com os ensinamentos de Jesus. Um ritual realizado também para que se lembre constantemente disso. "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu, e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo, oferecido por vós; fazei isto em memória de mim" (Lucas 22:19).

O culto cristão então composto tradicionalmente por dois rituais básicos, também inclui celebrações diversas, adorações, orações, ensinamentos, etc., mas dentro de todo esse conjunto, muitas vezes, todas as demais ações não ritualísticas vão ganhando mais forma de ritual, na qual o próprio culto torna-se um grande ritual e, não necessariamente com um conteúdo edificante, como se percebe na afirmação do escritor sul-mato-grossense Olices Trelha, "Não está mais existindo ensinamentos nas igrejas (...)" (TRELHA, 2015, p.44).

Notas

A imagem "Batismo de Jesus" faz alusão ao texto bíblico: "Batizado Jesus , saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele" (Mateus 3:16).

A imagem "Última Ceia", L'Ultima Cena em italiano, ou também na mesma língua como Il Cenacolo, de Leonardo di Ser Piero da Vinci, é um afresco realizado na Basílica Santa Maria delle Grazie, em Milão, na Itália. Faz uma alusão ao texto bíblico de João 13:21-30, na qual refere a Judas está presente. Através do site legraziemilano.it pode-se fazer um tour virtual na Basílica Santa Maria delle Grazie.

O escritor Olices Trelha é natural de Bonito, Mato Grosso do Sul

Referências

BÍBLIA, Português. Bíblia sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

TRELHA, Olices. Experiências na Obra de Deus. São Paulo: All Print Editora, 2015. 105p.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

A maior lição de Jesus

Givaldo Matos1 


Os gregos legaram ao Ocidente inegáveis heranças. De igual forma, os Romanos. Mas existe algo no Ocidente que nasceu da radicalidade da mensagem de Jesus de Nazaré.

Na aula abaixo, o filósofo Clóvis de Barros pergunta: o que há de mais importante na vida? Vale ouvir...


Palestra completa: http://bit.ly/1OZIx0h

facebook: http://fb.com/horizonteampliado

site: http://www.horizonteampliado.com.br

1Givaldo Matos é graduado em Direito pelo Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), em Teologia pela Faculdade Teológica Batista Ana Wollerman (1996) e Mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2003). Atualmente é professor da Faculdade Teológica Batista Ana Wollerman e professor do Centro Universitário da Grande Dourados. Tem experiência na área de Teologia, Filosofia, Direito e Ciências da Religião.

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Carne e Espírito

Marcelo Gil da Silva
Teólogo

Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) Graduado


É importante frisar que a carne não é ruim em si, mas é através dela que o pecado ganha expressão. Além de encontrarmos as expressões “carne e espírito” no livro de Romanos, também há preciosas informações sobre o assunto em Gálatas, levando-nos a uma compreensão melhor do que significava e significa esse ensino.

Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele (Romanos 8:6-9).

Imagem extraída de meucantinho.org
Paulo ensinava tanto a judeus como gentios, os quais se tornavam cristãos. A afirmação do Evangelho vinha pelos testemunhos, porém, a reafirmação profética do advento do Salvador vem da Lei, pois o próprio Cristo a cumpriu, justificando o ser humano de uma vez por todas. No entanto, a Lei é carnal, pois é algo que depende de nossa humanidade, de nosso esforço e, as obras da carne, como descrito no livro de Gálatas. “Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne” (Gálatas 5:13).

Do ponto de vista “legal” representam proibições, porém, no mesmo livro, os frutos do Espírito representam a sermos guiados pelo Espírito, por sua vez, não mais estarmos sob a Lei. “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5:24). Com tais princípios, a vida pela carne e suas paixões foi crucificada juntamente com Cristo, dando lugar a uma vida pelo espírito, ou seja, deixar o próprio Cristo viver em nós.

Possivelmente a visão de associar a carne com a Lei fazia mais sentido aos primeiros judeus cristãos, no entanto, a essência de mortificar a carne e suas paixões, como viver pelo Espírito reflete da antiguidade até os dias de hoje.


Referência

BÍBLIA, Português. Bíblia sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.