Marcelo Gil da Silva
Teólogo
Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) Graduado
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1:1). Esta é a tradução mais comum para Língua Portuguesa, do original bíblico em grego. No entanto, em traduções na Língua Inglesa, como traduções mais recentes na própria Língua Portuguesa, temos a tradução mais próxima do sentido original, em que Logus, normalmente traduzido como Verbo, significa Palavra, a qual é a tradução direta do termo em grego.
Um detalhe pequeno, ou seja, uma palavra, mas que leva ou não a uma melhor compreensão da mensagem. Porém, não é algo a ser ignorado, pensando que assim segue-se o caminho mais simples, mas uma consideração importante para resgatar o sentido que a mensagem tinha aos contemporâneos de quando ela foi escrita, ou seja, o real contexto, para que dessa forma, tenhamos uma lição nos dias atuais, para ser ou não aplicada.
Temos então mais desafios pela frente, como o desafio do teólogo de nosso dias, que é construir a ponte da origem da mensagem, de uma outra época, outro povo, outro espaço. Um portal que vai além de uma máquina do tempo, mas todo um mundo diferente. O que nos remete a um novo olhar à bibliologia, uma bibliologia contemporânea, que é uma das peças na construção do portal. Um desafio aos religiosos, que se fundamentam em textos antigos para a continuidade de suas doutrinas. Aos crentes, especificamente do Cristianismo, tais textos antigos são sagrados e, vencer o desafio está associado a duas coisas, que é o estudo e o talento.
O estudo vai além do texto sagrado, pois torna-se necessário a utilização do conhecimento humano de forma interdisciplinar para uma melhor compreensão do objeto central, comumente os próprios textos sagrados. O talento é a capacidade de interpretar os diferentes contextos dentro de um contexto, que para os crentes é a unção divina, para outros, é o simples talento, mas o resultado é o mesmo, sem a paixão no que está se dedicando, nenhum bom entendimento terá e nenhum ensinamento fluirá. No entanto, sem o conhecimento, o talento, a paixão, a unção divina, serão como roupas guardadas. Porém o conhecimento sem a sabedoria é como estar nu.
O Antigo Testamento bíblico reflete o plano divino de uma sociedade humana com o fundamento na justiça e na fraternidade, pela qual torna-se, conforme o entendimento dos antigos e crentes desses textos, a Palavra de Deus, ou seja, para tais, a Palavra, que num sentido mais amplo, a Verdade. Uma referência ao Deus apresentado na Bíblia: "A retidão e a justiça são os alicerces do teu trono; o amor e a fidelidade vão à tua frente" (Salmos 89:14). Tal verdade nesse sentido de sociedade com o fundamento na justiça e na fraternidade é compatível com muitas religiões em diferentes épocas e lugares, que não seria presunção afirmar ser a Verdade.
Jesus Cristo é a personificação da Verdade apontada no Antigo Testamento, sendo assim são elaborados novos textos que compõem o Novo Testamento, no intuito de demonstrar que seguindo os passos dele, perseguindo seus ensinamentos, estaremos nos aproximando dessa Verdade, ou a Palavra, ou o Verbo. Pois ele, Jesus Cristo, é a encarnação da Verdade, da própria Palavra de Deus.
Assim, a partir do original grego do primeiro versículo do primeiro capítulo do livro de João, da Bíblia, traduz-se: No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e Deus era a Palavra. Uma fusão da verdade descrita no Antigo Testamento, reafirmada no Novo Testamento, com o próprio Deus. E mais adiante no texto bíblico vem a afirmação de ser essa Verdade, ou seja, o próprio Deus, Jesus Cristo. "Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN) Graduado
Papiro Madalena: possivelmente os primeiros fragmentos conhecidos do Novo Testamento (Universidade de Oxford) |
Um detalhe pequeno, ou seja, uma palavra, mas que leva ou não a uma melhor compreensão da mensagem. Porém, não é algo a ser ignorado, pensando que assim segue-se o caminho mais simples, mas uma consideração importante para resgatar o sentido que a mensagem tinha aos contemporâneos de quando ela foi escrita, ou seja, o real contexto, para que dessa forma, tenhamos uma lição nos dias atuais, para ser ou não aplicada.
Temos então mais desafios pela frente, como o desafio do teólogo de nosso dias, que é construir a ponte da origem da mensagem, de uma outra época, outro povo, outro espaço. Um portal que vai além de uma máquina do tempo, mas todo um mundo diferente. O que nos remete a um novo olhar à bibliologia, uma bibliologia contemporânea, que é uma das peças na construção do portal. Um desafio aos religiosos, que se fundamentam em textos antigos para a continuidade de suas doutrinas. Aos crentes, especificamente do Cristianismo, tais textos antigos são sagrados e, vencer o desafio está associado a duas coisas, que é o estudo e o talento.
O estudo vai além do texto sagrado, pois torna-se necessário a utilização do conhecimento humano de forma interdisciplinar para uma melhor compreensão do objeto central, comumente os próprios textos sagrados. O talento é a capacidade de interpretar os diferentes contextos dentro de um contexto, que para os crentes é a unção divina, para outros, é o simples talento, mas o resultado é o mesmo, sem a paixão no que está se dedicando, nenhum bom entendimento terá e nenhum ensinamento fluirá. No entanto, sem o conhecimento, o talento, a paixão, a unção divina, serão como roupas guardadas. Porém o conhecimento sem a sabedoria é como estar nu.
O Antigo Testamento bíblico reflete o plano divino de uma sociedade humana com o fundamento na justiça e na fraternidade, pela qual torna-se, conforme o entendimento dos antigos e crentes desses textos, a Palavra de Deus, ou seja, para tais, a Palavra, que num sentido mais amplo, a Verdade. Uma referência ao Deus apresentado na Bíblia: "A retidão e a justiça são os alicerces do teu trono; o amor e a fidelidade vão à tua frente" (Salmos 89:14). Tal verdade nesse sentido de sociedade com o fundamento na justiça e na fraternidade é compatível com muitas religiões em diferentes épocas e lugares, que não seria presunção afirmar ser a Verdade.
Jesus Cristo é a personificação da Verdade apontada no Antigo Testamento, sendo assim são elaborados novos textos que compõem o Novo Testamento, no intuito de demonstrar que seguindo os passos dele, perseguindo seus ensinamentos, estaremos nos aproximando dessa Verdade, ou a Palavra, ou o Verbo. Pois ele, Jesus Cristo, é a encarnação da Verdade, da própria Palavra de Deus.
Assim, a partir do original grego do primeiro versículo do primeiro capítulo do livro de João, da Bíblia, traduz-se: No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e Deus era a Palavra. Uma fusão da verdade descrita no Antigo Testamento, reafirmada no Novo Testamento, com o próprio Deus. E mais adiante no texto bíblico vem a afirmação de ser essa Verdade, ou seja, o próprio Deus, Jesus Cristo. "Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade" (João 1:14).
Referências
Bíblia Online. Almeida Corrigida e Revisada Fiel. Disponível em [https://www.bibliaonline.com.br]. Data de acesso: 14 Ago 2016.
Bíblia Online. Grego. Disponível em [https://www.bibliaonline.com.br]. Data de acesso: 14 Ago 2016.
Bíblia Online. Nova Versão Internacional. Disponível em [https://www.bibliaonline.com.br]. Data de acesso: 14 Ago 2016.
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BÍBLIA, Português. Bíblia sagrada. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
Magdalen College. The Magdalen Papyrus P64: possibly the earliest known fragments of the New Testament (or of a book!). In: Treasure of the Month. Oxford: University of Oxford, 2013. Disponível em [http://www.magd.ox.ac.uk/libraries-and-archives/treasure-of-the-month/news/magdalen-papyrus]. Data de acesso: 16 Ago 2016.
Magdalen College. The Magdalen Papyrus P64: possibly the earliest known fragments of the New Testament (or of a book!). In: Treasure of the Month. Oxford: University of Oxford, 2013. Disponível em [http://www.magd.ox.ac.uk/libraries-and-archives/treasure-of-the-month/news/magdalen-papyrus]. Data de acesso: 16 Ago 2016.
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