domingo, 13 de março de 2016

Stars Wars, Sith e Jedi, Caim e Abel, Justiça e Injustiça, Jesus.

Imagem: extraído de proibidoler.com
Há muito tempo atrás, numa galáxia muito distante, a Humanidade se divide, na qual um lado explora os benefícios da força, deixando-a fluir através de suas vidas. No entanto, o outro lado é o lado obscuro da mesma força, com sede de poder, canaliza a força para suas vaidades, gerando o ódio, a divisão e, mesmo um sistema de opressão em detrimento de muitos. O lado obscuro prevalece por um tempo, mas está condenado a findar, pois não há equilíbrio na força. No tempo em que prevalece, os Sith, buscam eliminar a única ameaça ao seu sistema, os conhecedores da força, os Jedi. Esses, mesmo que mortos, viverão, pois ainda que todos morram, a força prevalece e surge quem a deixa fluir. Esse caminho do equilíbrio é eterno. 

Há na Bíblia, precisamente no capítulo 4 do livro de Gênesis, uma história a respeito das linhas que a Humanidade seguiu, na qual temos um lavrador e seu irmão pastor de ovelhas, que ao ofertarem do fruto de seus trabalhos, Deus se atenta ao fruto do trabalho do pastor e não se atenta ao do lavrador, sendo que este, irado e de semblante caído, assassina seu irmão. O lavrador então tem sua descendência relatada até algumas gerações, enquanto outro irmão é concebido para tomar o lugar do pastor, na qual sua linhagem se prossegue.

Tendo em vista o contexto na qual os escritores bíblicos viviam e, pela experiência anterior de seu povo, para os leitores contemporâneos (dos escritores), um representava a formação de assentados pelo qual surge um novo código socioeconômico e político, por sua vez, todo um sistema que deveria ser fraterno, mas terminou por ser opressor, formando uma pirâmide, em que algumas classes acima usufruíam de forma injusta do trabalho das classes mais abaixo. Uma representação da injustiça. O outro tinha uma vida nômade, de total dependência da Natureza, indo aonde o vento ou o Espírito o levasse. Sua submissão ao Espírito não abria brecha para a injustiça, sendo então uma representação da justiça.

A linha humana que insiste na injustiça, mesmo acreditando que esse é o caminho para a existência da Humanidade, não prevalece, o que é explícito em muito do texto bíblico, pois é uma linha egoísta e favorável a alguns grupos, com a crença que a felicidade é uma oportunidade para todos, mas somente alguns a conhecerão. A linha da justiça não se sustenta na mortalidade, pois temos a compreensão de Jesus Cristo como a personificação da própria justiça, conforme a percepção dessa mensagem por Paulo em sua carta aos Coríntios: “(...) Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1 Coríntios 1:30); e como também se percebe nas palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morto, viverá” (João 11.25). E não se trata da fé, pois extrapolando a mesma, a ideologia da justiça é que mesmo que a linha injusta proporcione a não oportunidade para todos, ela sustenta a ideia de felicidade a todos e, não depende de um indivíduo, pois atravessa o tempo, se perpetuando, não somente a ideia, mas conduzindo a Humanidade à Eternidade.

REFERÊNCIAS:

BÍBLIA, Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

LUCAS, George.  STAR WARS. [Filmes-vídeo]. Estados Unidos, Lucasfilm, 1977.

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