sábado, 27 de junho de 2015

As terras férteis para as teologias contemporâneas

Algumas teologias vão surgindo e ganham expressão diante de uma sociedade, cada vez mais individualista e ansiosa em encontrar suas ciências e convicções, tendo ou não fundamento bíblico ou tradicional. Vejamos, por exemplo, a Teologia da Prosperidade encontra um terreno fértil na América Latina e, especificamente no Brasil devido a alguns fatores. Assim, citemos alguns deles:
  1. A necessidade de uma libertação do sistema de opressão instalado na América Latina, nos quais os povos se encontram explorados e oprimidos pela forma que o capitalismo se desenvolveu no continente. Assim, uma teologia que dá a esperança de obter a prosperidade financeira, vem a parecer uma solução, ainda que superficial, a situação de pobreza e opressão na  América Latina.
  2. A Teologia da Prosperidade possui suas raízes através de leigos, que apesar de seus conhecimentos empíricos, ainda não sustentam a composição de uma teologia racional, criando assim um paralelo teológico com base estritamente na fé e, deixando fundamentos primordiais um tanto de lado. Encontra-se na América Latina, especialmente no Brasil, um quadro similar nas igrejas, em geral com seus líderes não possuindo a formação teológica acadêmica, construindo a teologia através de experiências, sem uma fundamentação genuinamente teológica. Esse quadro é favorável à absorção de “teologias empíricas”.
  3. Temos na América Latina, especialmente no Brasil, o crescimento do pentecostalismo, que possui uma característica do extra-bíblico, de uma aceitação à autoridade profética, o que coloca as pessoas numa situação favorável a receber uma teologia sem a devida fundamentação bíblica e, mesmo teológica, no caso, a Teologia da Prosperidade, com seus aspectos metafísicos, tendem a se encaixar no pensamento pentecostal, tanto às pessoas comuns, como nos líderes, recordando a formação em geral dos líderes descritas no item anterior.
A teologia é construída a partir de um contexto, de uma realidade, assim as diferentes correntes sócio-políticas e culturais ao longo da história propiciaram a evolução, como a formulação teológica. Assim, surgem as Teologias da Libertação, Feminista, da Prosperidade e, qualquer outra, sob as influências dos pensamentos filosóficos da segunda metade do século XIX até meados do século XX.

As diferentes teologias se utilizam da mesma Bíblia, no entanto, chegam a conclusões diferentes e às vezes opostas. O que tais teologias propõem são visões de mundo extra-bíblicos, ou seja, se utilizam de uma hermenêutica a partir de seus próprios fundamentos, utilizando-se da Bíblia pelos seus olhares específicos. Em resumo tais teologias observam a Bíblia, como algo que está numa rua, porém através de diferentes janelas, por sua vez de diferentes casas que estão de frente à mesma rua.

Dessa forma, ocorrem nessas teologias caminhos além da Bíblia, algumas vezes até mesmo se dando mais importância a esses caminhos do que a própria Bíblia, na qual ela torna-se mais um instrumento de justificação teológica, do que o fundamento da fé cristã, como sua mensagem que aponta ao Evangelho, a Salvação através de Jesus Cristo.

REFERÊNCIAS

AGUILERA, José Miguel Mendoza. TEOLOGIA LATINO AMERICANA. Dourados: UNIGRAN, 2015. 88p.

BÍBLIA, N. T. Português. BÍBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Ver. Revista e Atualizada no Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

sábado, 20 de junho de 2015

Misticismo Cristão

A religião enquanto ciência é uma disciplina que se inicia de forma simples e, a cada pensamento vai se tornando com um grau cada vez mais elevado de complexidade, a tal ponto de confundir bons estudiosos.

Nos dias atuais encontramos uma diversidade de situações místicas no seio da igreja cristã, que embora com mais força no meio evangélico, também percebe-se nos meios católicos.

Existe uma "queda de braço" entre o pensamento religioso e o pensamento científico, na qual este último se apoderou do que chamamos de lógica, mesmo que também haja lógica no pensamento religioso. No entanto, o pensamento religioso requer também cuidado, pois a simples crença leva-nos a encontrar as justificativas de nossas teses, de forma a garantir suas realidades, muitas vezes desprezando a verdadeira essência de suas justificativas.

A base da igreja cristã é a crença em Jesus, o homem que dividiu a história ao meio, porém com a fonte teórica na diversidade que é a Bíblia e, ela mais tem servido de apoio para a crença, do que a crença ser apoiada nela. Assim, torna-se necessário os dois pensamentos, tanto o religioso, como o científico, pois a Bíblia não é apenas um relato de fé, mas também uma fonte histórica, que ecoa a experiência de povos antigos, no intuito de se ter lições para vida contemporânea.

A interpretação a partir da fonte não é uma tarefa fácil, tendo em vista a interferência do interpretador ser inevitável, mas pode ser administrada, afim de não se fazer o contrário, que é se ter a doutrina que surge, muitas vezes dos delírios cerebrais, para então se recorrer ao conjunto de livros que é a Bíblia, instrumento de maior impacto em toda a Terra, com o objetivo de se encontrar as explicações para tal doutrina e, embora necessitando de muitas doses de fé para se enxergar a doutrina, fruto da imaginação, dentro da Bíblia, repete-se tantas vezes, com euforia e tecnologia, com uma suposta autoridade e reafirmações, que a doutrina é tida como verdade e, por supostamente estar na Bíblia, ser a verdade incontestável.

Dessa forma, há dois "poderes" típicos do misticismo cristão, basicamente encontrados no lado evangélico da força cristã, que são versões de profecia e revelações, conhecidas pelos críticos de "profetada" e "revelamento". Como "profetada" não é uma palavra usual e "revelamento" realmente não existe, são utilizadas para se referir às falsas profecias e revelações. Assim, profetada é uma suposta profecia que trata-se de uma imaginação fértil e, não de algo com base bíblica, ou mesmo espiritual. Revelamento é de modo semelhante a suposta revelação de Deus, mas também se trata da imaginação.

As consequências são diversas, mas podemos no momento nos concentrar nas pessoas comuns, que não possuem tempo para estudar a Bíblia, ou mesmo sobre muitos aspectos da espiritualidade o do pensamento religioso, nas quais buscam esse conhecimento através dos sacerdotes, que por sua vez, não fizeram a "lição de casa", ensinando suas próprias doutrinas, ou "compradas" de alguma fonte que vem  ecoando tradições dessas doutrinas imaginárias, depois utilizam a Bíblia para justificar tais doutrinas e levam muitos ao erro e, até ao ridículo.

Vale ressaltar a importância e manutenção dos dois sistemas de pensamento, pois engana-se que o pensamento científico é o único racional e seguidor de lógica, pois acreditar é o primeiro passo da ciência, que em nada se move, sem primeiramente ter o início na crença, que através de uma hipótese, ou seja, um primeiro pensamento, geralmente pautado apenas em acreditar, ou seja, na fé, é que se inicia o pensamento científico, por sua vez, uma sequência de métodos para se comprovar ou não a hipótese.

Eis então a questão, para se ter o pensamento religioso como fim e não como início, que é o caso do pensamento científico, invertamos os pólos e partamos do pensamento científico, ou seja, da racionalidade, extraindo da Bíblia as essências, de forma a construir doutrinas a partir dela, e não ela ser o instrumento para tentar justificar nossos delírios. Ainda é uma tarefa difícil, mas é isso que as pessoas esperam dos sacerdotes. A consequência é que o misticismo vai se esvaziando, dando espaço a verdadeira espiritualidade, por sua vez, uma aplicabilidade na vida contemporânea.

A Bíblia como fonte e não como causa, traz a verdadeira essência da vida humana, ao contrário do misticismo cristão, que possui as fórmulas mágicas, com os respectivos sacrifícios para sucesso financeiro, casamento, passar em concurso público, dentre uma série de ilusões, que mais vão se distanciando do Cristianismo do que verdadeiramente o praticando.


sábado, 13 de junho de 2015

A geração que nada fez

Cada humano na Terra e além dela pensa no que é ser humano. Indaga-se a si mesmo, na esperança de respostas do que representa a Humanidade, influenciado claramente pelas correntes de pensamento de sua época, muitas vezes ecos de outrora.

O individualismo é tido como evidente em tempos de uma era tecnológica dos finais do Século XX e início do Seculo XXI da Era Comum. No entanto o processo individualista acompanha os humanos desde tempos antigos da Humanidade.

Mesmo assim, a Humanidade, ainda que conceitualmente obscura, representa a união fraterna dos humanos, nos quais cooperam para a existência de um organismo, por sua vez chamado Humanidade.

Em tempo futuros, humanos revisarão a História e lembrar-se-ão dos primeiros anos do terceiro milênio da Era Comum como o tempo em que tal geração de humanos abandonou parte da Humanidade à sua própria sorte. Perceberão que muitos humanos tinham a consciência do mal, mesmo assim deixaram que ele agisse livremente, pois acostumaram-se com ele.

Nas cidades, humanos passam por humanos que estão jogados no chão, com roupas rasgadas, cheirando mal, sujos e com fome. Os veem, mas os ignoram. Indiferentes continuam suas vidas até que não os veem mais, mesmo que eles estejam exatamente no mesmo lugar.

Humanos dessa época serão lembrados como aqueles que amaram mais as coisas, do que seus semelhantes, como também lembrados por ser a geração que nada fez pela Humanidade. Tal período será estudado no futuro como sendo um dos momentos críticos que teria levado à extinção toda a espécie, na qual nenhuma luz brilhou, pois os corações já estavam endurecidos pela indiferença, pelo envenenamento desde tempos antigos, que obscurece a consciência humana e o senso de cooperação na Humanidade, dois temas comuns no futuro, porém misteriosos nesses dias.

O futuro existe não por causa desses dias, mas uma luz que brilhará e acordará os humanos do transe, de forma a conhecer esses obscuros dias, não para se orgulhar, porém para recordar como lições a não serem repetidas e perceber como nos tornaremos melhores no futuro.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Breve capitalismo x socialismo

O capitalismo tem seu início no capital, sendo através deste a elaboração de políticas sociais. Já o socialismo tem seu início na Sociedade Humana, sendo através dela a elaboração de políticas de capital.


Tanto um como outro necessitam de aprimoramento para serem realidades, de forma a não serem distorcidas pelo individualismo. Mais cedo ou mais tarde teremos que escolher qual dos dois caminhos levará à sobrevivência de nossa espécie, à eternidade, ao legado humano no Universo.


A escolha se trata de ter nossas vidas governadas pelas coisas, ou as coisas governadas pelas nossas vidas.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Idoso faz reflexões sobre a vida

Trecho do Culto na Igreja Batista Lagoinha - 28/09/2014 Manhã - Pr. Paulo César de Sousa (Palhaço Paulinho)

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Divindade e Humanidade de Jesus

A questão da divindade e humanidade de Jesus ficou resolvida no Concílio de Calcedônia em 451 d.C., na qual fica entendido que em sua existência na Terra, foi totalmente de natureza divina e totalmente de natureza humana.

Porém, nós humanos, através da hermenêutica moderna, interpretamos a revelação divina através de nossa própria natureza, ou seja, a humana.


Marcelo Gil da Silva

domingo, 5 de abril de 2015

Evidências históricas a respeito da Ressurreição de Jesus Cristo


Dr. Rodrigo Silva em entrevista com Jô Soares, 2015, explica sobre as evidências históricas da ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, historicamente ele ressuscitou.